Alimentação Escolar

       O Brasil é considerado um país em transição nutricional em razão dos recentes aumentos na prevalência de doenças crônicas, como, por exemplo, a obesidade. A escola tem desempenhado papel fundamental na formação dos hábitos de vida dos estudantes, sendo responsável não só pelo conteúdo educativo global, como também pelas informações relacionadas ao ponto de vista nutricional.

       Embora a alimentação escolar esteja relacionada à própria educação, o conceito de merenda escolar evoluiu e deixou de ser apenas um rápido lanche oferecido aos alunos da escola pública.

       Uma alimentação escolar de qualidade é um instrumento fundamental para a recuperação de hábitos alimentares saudáveis e, sobretudo, para a promoção da segurança alimentar das crianças e jovens do Brasil.  Promover uma alimentação escolar de qualidade é trabalhar por uma melhor educação pública no país, porque bons níveis educacionais também são resultados de alunos bem alimentados e aptos a desenvolver todo o seu potencial de aprendizagem. Uma merenda saudável e nutritiva é base  para o crescimento das gerações que construirão o futuro deste país.

       O direito à alimentação escolar para todos os alunos do Ensino Fundamental foi assegurado em 1988, com a promulgação da última Constituição Federal (Incisos IV e VII do artigo 208 da Constituição Federal). Depois, foram integrados ao Programa Nacional de Alimentação Escolar os alunos da pré-escola e creches da rede municipal e conveniada.

        A alimentação, como necessidade básica do ser humano, pressupõe o direito de acesso ao alimento e a formação de hábitos alimentares e estilo de vida saudável.

        A qualidade de vida, atualmente, é influenciada por várias condições, entre elas, pela alimentação nutricionalmente adequada, importante desde que nascemos.

        Hoje se sabe que se tivermos uma alimentação adequada na infância, podemos nos prevenir de uma série de doenças ao ficarmos adultos e ao envelhecermos. Daí a importância das crianças receberem uma alimentação adequada no ambiente escolar.

        Basta uma alimentação sem todos os nutrientes de que precisam, a inconveniência de permanecerem longos períodos em jejum, para que estes processos sejam, de alguma forma, afetados.

        Por outro lado, a alimentação em excesso, e o estilo de vida sedentário, podem levar a obesidade. Mas uma alimentação nutricionalmente adequada, durante a infância e adolescência, associada à ausência de doenças ou deficiência hormonal,  promove o  crescimento e

desenvolvimento de acordo com o potencial genético, um aproveitamento escolar mais satisfatório, menor risco de doenças na fase adulta e senil e melhor qualidade de vida.

        Por tudo isto, é fácil perceber que o ambiente escolar é, além de favorável para a construção da cidadania, excelente também para contribuir na formação de bons hábitos alimentares e na saúde das crianças. É nele que as crianças passam a maior parte de seu dia e, portanto, este local tem grande importância na formação de seus valores e estilos de vida, entre eles o da alimentação.

        Estimular as crianças e dar-lhes condições favoráveis para que experimentem sabores diferentes, faz com que elas tenham uma relação saudável com os alimentos e aprendam sobre seu valor nutricional e a importância que têm na sua saúde.